Vivemos num mundo em que a prioridade
das pessoas é o ter. Escolhemos ter. Ter roupas de grife, ter o melhor carro,
ter o último lançamento de smartphone, ter, ter, ter...
A mídia nos bombardeia
diariamente com mensagens do tipo “Para você ser uma pessoa bacana é preciso
ter o melhor produto”.
Os programas de televisão, os
filmes, os programas de rádio, manipulam nossos pensamentos mostrando mulheres
sensuais, quase nuas, homens com corpos bem delineados e bem sucedidos, nos
forçam a aceitar um tipo de sociedade mediocratizada em que a maior expressão cultural
é um cantor ou cantora com seus bailarinos seminus, cantando e dançando músicas
e coreografias de gosto no mínimo duvidoso. Nos mostram jovens que no primeiro
encontro vão direto para o quarto onde cenas ardentes acontecem. Tratam a
mulher como um simples objeto de desejo, e elas se permitem.
Nossos jovens são tratados como
pequenos imbecis, que tudo copiam, sem um mínimo de idéia própria e que para
serem felizes “precisam muito” daquela “coisa”!
Banalizamos o sexo, ao expormos nossos
corpos de maneira erotizada em cenas pra lá de sensuais. Tratamos quem não usa
drogas como ”caretas” e os deixamos de fora da tribo e quem não defende a
liberação da maconha é otário. Preferimos notícias violentas. Esquecemos o que
é família. Consideramos o divórcio algo super normal, “se não der certo, separa”.
Entendemos ser a parada da diversidade uma notícia de maior importância que
qualquer descoberta científica ou ajuda aos necessitados, inclusive sendo noticia
em rede nacional no horário nobre.
Pensemos um pouco... Quando
passamos a dar maior importância a essas coisas, estamos deixando que outros
façam as nossas escolhas. Olhemos ao nosso redor, percebamos o quanto de informação
preciosa o universo coloca a nossa disposição.
Enquanto estivermos focados e
preocupados com o ter, nossas escolhas são muito restritas. Tenhamos discernimento,
ampliemos nossas escolhas, coloquemos o ser em primeiro lugar.
Quando vejo um jovem fumando,
fico pensando: - será que foi ele que escolheu ou escolheram por ele? Uma
pessoa em sã consciência não poderia escolher fazer algo que a prejudique, que
ponha sua saúde e sua vida em risco. Mas a escolha é o ter, ter prazer sem
medir as consequências.
Observando a juventude de hoje e
vendo esta avidez em “transar”, transar por transar, trocar de parceiro a todo
instante, muitas vezes não importando se é do sexo oposto ou não. Essa busca
incessante pelo prazer, leva a querer sempre mais e a buscar novas formas de
maneira que ficam com um único objetivo, bloqueando seus processos de escolha.
Aí, vejo mais uma vez a quebra da instituição
família.
Pensamos que temos as escolhas
nas nossas mãos, mas se observarmos mais de perto veremos que na grande maioria
não fizemos escolha alguma, pois somos impelidos a aceitar aquilo que nos está
sendo oferecido de modo tão tentador.
Precisamos parar para pensar.
Ouvir e ver aquilo que nos está sendo proposto, buscar o conhecimento universal
e só então colocarmos na balança do discernimento e fazermos nossas escolhas
com sabedoria.
É preciso ter consciência de
nossas escolhas. Temos que jogar fora o lixo que nos impede de percebermos o
que acontece ao nosso redor, olharmos para dentro de nós mesmos e descobrirmos
o que realmente importa.
Ser uma pessoa feliz! Essa é a
escolha.