terça-feira, 24 de novembro de 2015

Nossas Escolhas São Limitadas



Vivemos num mundo em que a prioridade das pessoas é o ter. Escolhemos ter. Ter roupas de grife, ter o melhor carro, ter o último lançamento de smartphone, ter, ter, ter...
A mídia nos bombardeia diariamente com mensagens do tipo “Para você ser uma pessoa bacana é preciso ter o melhor produto”.
Os programas de televisão, os filmes, os programas de rádio, manipulam nossos pensamentos mostrando mulheres sensuais, quase nuas, homens com corpos bem delineados e bem sucedidos, nos forçam a aceitar um tipo de sociedade mediocratizada em que a maior expressão cultural é um cantor ou cantora com seus bailarinos seminus, cantando e dançando músicas e coreografias de gosto no mínimo duvidoso. Nos mostram jovens que no primeiro encontro vão direto para o quarto onde cenas ardentes acontecem. Tratam a mulher como um simples objeto de desejo, e elas se permitem.
Nossos jovens são tratados como pequenos imbecis, que tudo copiam, sem um mínimo de idéia própria e que para serem felizes “precisam muito” daquela “coisa”!
Banalizamos o sexo, ao expormos nossos corpos de maneira erotizada em cenas pra lá de sensuais. Tratamos quem não usa drogas como ”caretas” e os deixamos de fora da tribo e quem não defende a liberação da maconha é otário. Preferimos notícias violentas. Esquecemos o que é família. Consideramos o divórcio algo super normal, “se não der certo, separa”. Entendemos ser a parada da diversidade uma notícia de maior importância que qualquer descoberta científica ou ajuda aos necessitados, inclusive sendo noticia em rede nacional no horário nobre.
Pensemos um pouco... Quando passamos a dar maior importância a essas coisas, estamos deixando que outros façam as nossas escolhas. Olhemos ao nosso redor, percebamos o quanto de informação preciosa o universo coloca a nossa disposição.
Enquanto estivermos focados e preocupados com o ter, nossas escolhas são muito restritas. Tenhamos discernimento, ampliemos nossas escolhas, coloquemos o ser em primeiro lugar.
Quando vejo um jovem fumando, fico pensando: - será que foi ele que escolheu ou escolheram por ele? Uma pessoa em sã consciência não poderia escolher fazer algo que a prejudique, que ponha sua saúde e sua vida em risco. Mas a escolha é o ter, ter prazer sem medir as consequências.
Observando a juventude de hoje e vendo esta avidez em “transar”, transar por transar, trocar de parceiro a todo instante, muitas vezes não importando se é do sexo oposto ou não. Essa busca incessante pelo prazer, leva a querer sempre mais e a buscar novas formas de maneira que ficam com um único objetivo, bloqueando seus processos de escolha. Aí,  vejo mais uma vez a quebra da instituição família.
Pensamos que temos as escolhas nas nossas mãos, mas se observarmos mais de perto veremos que na grande maioria não fizemos escolha alguma, pois somos impelidos a aceitar aquilo que nos está sendo oferecido de modo tão tentador.
Precisamos parar para pensar. Ouvir e ver aquilo que nos está sendo proposto, buscar o conhecimento universal e só então colocarmos na balança do discernimento e fazermos nossas escolhas com sabedoria.
É preciso ter consciência de nossas escolhas. Temos que jogar fora o lixo que nos impede de percebermos o que acontece ao nosso redor, olharmos para dentro de nós mesmos e descobrirmos o que realmente importa.


Ser uma pessoa feliz! Essa é a escolha.